quarta-feira, 6 de novembro de 2013

LEGALIZAÇÃO DA MACONHA

Para realizar um debate na faculdade, li, reli diversos textos, analisei vídeos, prós e contras sobre a legalização da maconha. Quase sempre a primeira questão levantada é: “A comercialização da nicotina e das bebidas alcoólicas...”.  Ora, comparar algo com outra de natureza ainda pior, em um contexto de legalização, torna o processo bem mais fácil. Fato é que, tanto o álcool quanto o cigarro são extremamente prejudiciais ao homem, mas usar disso como fator possibilitador à legalização da maconha é implicitamente dizer: “Olha já que você bebe e fuma cigarro, use maconha também”. A ciência tenta sempre dizer que a maconha é uma droga muito menos tóxica e que gera menor dependência que as drogas legalizadas. Dizer que é menos tóxica, não é dizer que não é, qual o objetivo social de se legalizar mais uma droga que é prejudicial ao ser humano?
De acordo com nosso Direito Penal, é proibido que condutas sejam criminalizadas simplesmente por questões morais, o crime só pode existir, de acordo com nosso regime Democrático de Direito, para evitar condutas que lesem ou coloquem em risco terceiros. Logo, em tese, não deveria se punir alguém por auto-lesão. A maioria dos médicos e neurologistas afirmam que a “lesão” varia, de acordo com a idade, condição psicológica, fisiológica entre outros fatores, portanto não há de que se falar exatamente quais são os efeitos da maconha. Há casos de jovens menores de 15 anos, que devido ao uso excessivo, acabaram sofrendo de esquizofrenia com contribuição da maconha. Contra essas objeções, fala-se sobre a legalização, por que aí então seria possível a regulamentação. Ou seja, não é liberar, é legalizar.
            A legalização permitiria assim, regulamentar o uso, restringir o acesso, realizar o controle de qualidade. O que não é feito com a proibição. Talvez, em países onde de fato exista uma educação sólida, um Estado eficiente e uma polícia íntegra, a legalização se aplicaria. Sendo assim, tudo que fosse regulamentado em lei seria cumprido, e se começarmos a analisar pelo nosso Congresso Nacional, trata-se do primeiro exemplo contra essa teoria utópica.
            A descriminalização da maconha seria a solução? A meu ver não, uma vez que o uso de drogas não é apenas uma auto-lesão, aqueles que não podem bancar o consumo, acabam cometendo delitos para alimentar o vício. Muitos dizem “a maconha não vicia!”, depende, depende das condições do usuário.  Surge através disso também, a teoria que legalização acabaria com o tráfico. Não acho, apenas mudaria o foco, aquele que antes comprova a droga nas comunidades por que se tratava de uma substância ilícita, continuará a comprar na comunidade por que não será tributada. O traficante apenas mudará o ramo de atuação.
            Outros afirmam que os presos por envolvimento com drogas ilícitas estão superlotando às penitenciárias brasileiras, e que o dinheiro gasto com a repressão ao tráfico seria melhor gasto com educação conscientização e saúde. A culpa não seria no nosso sistema penitenciário que também é falho? Temos plena consciência que somos um dos países com maiores números de tributos, impostos e tarifas, este são de fatos aplicados na sociedade? O imposto da maconha seria mais um desses que o brasileiro pagaria sem retorno algum, mais uma utopia da legalização.
Dizer que irão ser utilizados os tributos provenientes da maconha para conscientização, é como dizer, “olha vamos legalizar para você poder usar, e com esse dinheiro investir na educação, para informarmos que usar drogas é ruim”. Legalizar, descriminalizar não é o caminho apenas porque se trata de uma droga “popular”. Educar sim, e verba esse meu Brasil tem de sobra, só está escondido pela corrupção.

            Fugindo do ponto de vista legal, a banalização hoje é algo assustador nas sociedades, o culto ao corpo, drogas (lícitas e ilícitas), consumismo irracional, estão destruindo valores como família, trabalho e religião. Institutos como a “marcha da maconha” não podem ser considerados crimes, por que se fosse, é ferir o direito de reunião e de livre expressão do pensamento, se fosse assim voltemos à ditadura. O que me incomoda e me entristece é a banalização, a perda de valores. Por que cultivar algo prejudicial? Há tanta coisa boa para ser discutida para ser buscado em nosso ordenamento jurídico e em nossa vida pessoal. Os valores morais, sociais, ou religiosos entraram em desuso. Caso que se analisarmos bem, é melhor mesmo ser démodé, ultrapassado.

Sou démodé, e você?

domingo, 17 de março de 2013

Procura-se mecânica.

    O que me chateia é a falta de atenção. Atenção não são beijos. Sexo. Muito menos dizer "eu te amo". Hoje, essas três palavrinhas M Á G I C A S, são USADAS para solucionar qualquer "defeito", erro ou problema. Como dizia minha querida avó, "tapar o sol com a peneira". As pessoas não sabem conjugar o verbo, identificar os sujeitos. Na frase "eu te amo", o pronome "te" deveria ser substituído pelo "me". Nada contra amor próprio, pelo contrário, sou ferrenha defensora. Egoísmo é que é o problema. Se os sujeitos não se encontram, imagina só, conjugar o verbo. Eu sei, como sei, não é fácil. Então, tente outro verbo, outras frases, nas piores outro sujeito.
    Amar vem de vários verbos, respeitar, confidenciar, compartilhar, compreender, somada a várias palavras, como carinho, amizade, cumplicidade. Se você não conjugou os primeiros verbos, não conhece as palavras, nem tente conjugar amar. Tente outra vez, mas comece do início. 
    É como dizem, "amor é a gasolina", que de nada vale, se não houver o motor, as rodas e todo o resto. Sei que tem tanta gente que me ama, mas me perdoe, meu tanque já está completo, longe de mim rejeitar amor, mas venha com todo o resto. Só a gasolina já não me move mais. Preciso da força do motor, do alicerce e movimento das rodas, o conforto dos bancos, o calor do aquecedor. Se for para me amar me ame por inteiro. É que ser sempre o carro completo vem me desgastando, quero sim ser, sou, gasolina, motor, roda e até step. Mas seja também, de eu te amo meu motor já está engasgado.
No fim acho que estou precisando de manutenção, talvez eu esteja quebrada. 

quinta-feira, 7 de março de 2013

A minha história.

    Dizem por aí que a vida é um ciclo. Dizem. A minha trata-se de uma coleção. Uma coleção de volumes. 
    Bem, cada livro, volume, tem lá a suas paixões, dramas e até crimes. Outros mais, outros menos. Sei que alguns deles são chatos e até entediantes. Em compensação sei que tem aquele bem divertido. Tem uns que a gente lê com coração na mão, esperando pela vitória da mocinha. No final é uma droga, péssimo, ela sofre, faz burrada, e a sensação que temos é que aquela história acaba ali, assim, meio triste mesmo. De repente..." Tchanam", lança-se um novo livro, com uma história inédita pela frente. 
    Sei que existe um editor, lá em cima. Mas a protagonista tem total livre arbítrio. Tem vilões, coadjuvantes, protagonistas e figurantes. Tem romance, drama, paixão e comédia. Comédia, tem sim que ser divertido viver.  
    Acredito que encerrei mais um volume. Nenhum best seller, mas na minha humilde opinião, muito bom. Com várias participações, umas especiais outras nem tanto. PARTICIPAÇÕES. Logo nesse  novo volume não entram mais. É fato que pro novo que vem surgindo, novas chegaram, até então super especiais, vivo conversando com editor, pra quem sabe ele permitir se tornarem protagonista também. 
    É, tem o mocinho. Que as vezes até se torna vilão. Mas quem é que disse que meu papel é exclusivamente de ser a mocinha?! A verdade, verdade mesmo, é que do volume anterior pra cá, a história deixou de ser só minha, dizem que a gora é nossa. Gosto disso. 
    Sei que tem gente que acompanha minha história. Gente que torce. Outros que leram algum volume e não gostaram, logo nem querem saber da coleção. Não querem um momento que dirá uma vida. E tem gente, gente que nunca leu e não se interessa. Isso não importa, tem tanta história boa esperando para ser lida por aí. 
    Tenho muitos planos para esse mais novo volume, apenas planos, não o roteiro. Sei que meus planos devem coincidir com os do meu editor. Mas se vale adiantar os meus, são ótimos. 
    Vem aí mais um novo capítulo, uma nova história, da minha coleção, da minha vida... AGUARDEM!!!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Troque a lente


Há dias venho tentando escrever. Digitar quaisquer palavras. Rabiscar qualquer poema. Nada sai. Os textos no caderno novo, do semestre atual, nenhum é meu. Nenhuma música nova me agrada. A playlist mais tocada são canções antigas. Parei no tempo. Parei? A verdade é que muita coisa mudou desde os últimos textos. Mudou não, se reafirmou. É que fica chato dizer, escrever sempre a mesma coisa. Daí eu percebi que o que eu sempre queria chegou. Levei um tempo pra enxergar, aceitar. E quem sabe escrever sobre conquistas do que apenas desejos. Maturidade talvez seja a palavra.
Tenho que admitir, que além dessa possível maturidade, uma infantilidade me trava. Medo. Ando neurótica. Me apego em santos e orações.  Alguém me disse: quanto menos melhor. Menos saber de mim. Bom, se isso é verdade, você não deveria estar lendo esse texto, e minha conta no facebook deveria ser cancelada. É fato que grandes males se dão por conta disso. Mas atribuir a maioria dos desacertos da minha vida a isso já é de mais.
O medo tamanho é devido a tanto que me custou. Tanto de mim. Por tudo que passei. E que por isso conquistei. Acredito sim, que mau olhado pega. Praga atinge. E desejos ruins se realizam. Quando a gente permite. Quando a fé é pouca. E o nosso medo passa a ser aliado do mal. Da dor. Por tão pouco existe inveja.  Praguejar a vida alheia é mais fácil que buscar a própria felicidade.
Perdi pessoas. Por tanto medo prejudiquei relacionamentos meus. Vi que a fé era pouca. Pedi. Pois aquele que tudo vê, sabe, sabe do meu amor. Da minha luta. Fraquejei eu sei. Mas ele deu-me forças. E quem tinha que ficar ficou. Quem tinha que voltar, voltou. E quem não fazia bem se foi. E através da minha fé peço todas as noites que tudo isso que conquistei seja protegido. Protegido de todo mal. (AMÉM)
Tudo depende de nós. Da nossa fé. Seja em Deus. Seja no amor. Seja em nós mesmo. Fé no bem. Fé em como enxergamos cada situação.  Posso ter o melhor namorado do mundo, ele será o pior se eu quiser enxergar. O dia está lindo e só vejo cinza. Estou cercada de soluções, mas meus olhos só encontram problemas. Tudo depende de como você encara a vida. A gente vê aquilo que queremos enxergar. Eu via inveja e sofri pela inveja. Por tanto medo de perder até perdi. Abri os olhos... a tempo. Agora quero ver paz, amor e proteção.
Troquei a lente do medo pela lente da fé. Fé que por mais que tentem me derrubar, minha fé, me segura.


"Quem Deus abençoa, ninguém amaldiçoa."