domingo, 22 de julho de 2012


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Amor



Amor, tudo aquilo que escondo entre minhas palavras tortas em todos meus textos perdidos. E se analisarmos bem é sempre o motivo pra maioria deles. E mesmo que não seja explicito. Fica sempre subentendido. Sinto que para falar dele precisaria roubar um pedacinho de cada texto. Não que seja só isso. Mas é que são tantas definições que elas se fragmentam. Em momentos. Pessoas. E o que não é o meu blog se não uma descrição de momentos. Pessoas. É o meu amor. E não digo uma pessoa. E sim meu jeito de amar. Talvez seja este o fato de não haver uma definição certa. Por que a conjugação muda de acordo com sujeito. Sujeito que sofre a ação. Sujeito que ama. Não da pra definir o amor. Cada um ama do jeito que sabe amar. Já contei que o amor é isso. O maior de todos os paradoxos. Que machuca. Que cura.

Te amo. Te odeio. De todas as formas que amo, essa é com toda certeza a mais complexa. Odeio cada parte do seu corpo. Da mesma maneira que morreria por ele. Por cada molécula. Por cada órgão. Te amo por tudo que foi. Por tudo que é. Te odeio por aquilo que não foi. Por aquilo é e que gostaria que fosse diferente. Te amo pai. Te odeio. E nosso caso vai ser sempre assim, essa eterna história de amor e ódio.
Tem todos aqueles amores que conjuguei do jeito errado. No tempo errado talvez. Ou talvez ate errei o verbo. Mas era amor. Foi amor. Bobagem minha, ou sua, em dizer que amores “acabados” não foram amor.  Quem foi que disse que amor tem que ser pra sempre? Louco é quem criou essa regra. Deixou de viver outros amores. Feliz foi quem achou um amor pra sempre. Paradoxo gente. Paradoxo. O importante é amar. O que não foi, não foi por um motivo. O que foi, valeu a pena. Se não valeu, aposto que veio outro amor pra recompensar. E o que foi era necessário para mostrar o quanto o novo é especial. Mas era amor. Torto, errado, mal acabado, mas amor. Amor necessário.
Passei tempo de mais não querendo amar. O problema das pessoas foi pensar que não amei. Talvez por medo. Quando digo amar, posso estar falando de homem, familiares ou amigos. É que dói perder pessoas pela vida. Então pensei. Como perder aquilo que não tenho? O problema é que amar não é uma opção. Por mais que passei tempo de mais pensando que fosse.
O bom de tudo isso é que aprendi a valorizar. Menos é mais. Prefiro alguns a todos. Valorizei meu “eu te amo”. Eu te amo, anda meio desvalorizado no mercado.
Lendo assim parece que sei bem do que estou falando. Tenho auto controle e tudo mais. Só que não. Não tenho. Amor é tudo que menos sei lidar. Não com amor dos outros. Mas com o meu. Sou desajeitada. Completamente desajeita.
Saiba pai que digo te amo a cada vez que tento orgulhar você. Te amo mãe, em cada vez que tento te ajeitar para você sair bonitinha por aí. Amo meus amigos, em cada piada que faço, é que tento dizer com sorrisos. E amo você, em cada olhar. Acreditem, não sou boa com as palavras. Faladas.

Amor. O que mais temo. O que mais tenho. O que menos sei lidar. O que mais quero compartilhar. Esse eterno e complicado paradoxo. Meu maior medo. Maior desejo.






amor |ô| 
(latim amor, -oris
s. m.
1. Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atracção; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa (ex.: amor filial, amor materno). = AFECTO ≠ ÓDIO, REPULSA

2. Sentimento intenso de atracção entre duas pessoas. = PAIXÃO

3. Ligação afectiva com outrem, incluindo geralmente também uma ligação de cariz sexual (ex.: ela tem um novo amor; anda de amores com o colega). (Também usado no plural.) = CASO, NAMORO, RELACIONAMENTO, ROMANCE

4. Ser que é amado.

5. Disposição dos afectos para querer ou fazer o bem a algo ou alguém (ex.: amor à humanidade, amor aos animais). ≠DESPREZO, INDIFERENÇA
6. Entusiasmo ou grande interesse por algo (ex.: amor à natureza). = PAIXÃO ≠ AVERSÃO, DESINTERESSE, FOBIA, HORROR, ÓDIO, REPULSA
7. Coisa que é objecto desse entusiasmo ou interesse (ex.: os livros electrónicos são o meu amor mais recente). = PAIXÃO
8. Qualidade do que é suave ou delicado (ex.: faz isso com mais amor). = BRANDURA, DELICADEZA, SUAVIDADE
9. Pessoa considerada simpática, agradável ou a quem se quer agradar (ex.: ela é um amor; vem cá, amor). = QUERIDO
10. Coisa cuja aparência é considerada positiva ou agradável (ex.: o quarto dos meninos está um amor).
11. Ligação intensa de carácter filosófico, religioso ou transcendente (ex.: amor de Deus). ≠ DESRESPEITO
12. Grande dedicação ou cuidado (ex.: amor ao trabalho). = ZELO ≠ DESCUIDO, NEGLIGÊNCIA





  

domingo, 15 de julho de 2012

Eu só queria. . .



Eu só queria que eu pudesse ser com você o melhor de mim. Que você tivesse o meu maior amor, meu melhor beijo, fosse meu maior desejo. Eu só queria não precisar ser o que insisto em ser. Queria ser a menina que guardei, escondi, mas que um dia eu hei de ser. Ser assim pra quem há de merecer. Eu só queria que esse alguém fosse você... Não é. Mas posso jurar, que pensei que fosse. 





Eu, só, queria. " Mas sozinho só eu não consigo", já dizia a canção. 

terça-feira, 10 de julho de 2012

Enfim consegui juntar as palavras soltas.

        O que mais me intriga é a falta de palavras. Por que o silêncio me assusta. Mesmo sendo minhas palavras mudas. Estou cheia de dúvidas. Logo eu que sempre trabalhei com certezas. Dúvidas que são em si respostas. Por que o fato de possuir certeza sobre você, sobre ser você é devido ao fato de existirem tantas dúvidas. Eu vivi toda uma vida com certeza de mais. 
 A vontade que eu tenho é de te morder até sangrar. Esmurrar o seu peito por todas as vezes que parece não ser eu. Dar o meu melhor golpe e nocautear você. Gritar. Gritar tudo que escondo atrás das minhas palavras tortas. Chorar todas as lágrimas que devolvi pra mim, mas que no fim são suas. Por que o que me dói tanto é na verdade o que eu nunca disse. E o que você não diz já não me importa mais. É o que eu sinto que me incomoda tanto. É o sentir. E o não saber o que fazer com isso. Me enlouquece. Me põem a prova, mas eu não sei exatamente o que provar. Pra quem provar. Eu crio segredos sobre mim, que eu já nem mesma sei como desvendar. Tornam-se segredos até pra mim. E dói.
          Não sei se fico não sei se vou. Vou. Ir vem me levando. E o que me assusta é que fui sem saber pra onde. Estou indo. Nunca fui sem saber o destino. Isso me instiga. Me amedronta. Me move. Já não me importa pra onde. Nem mesmo se terei que voltar. O importante é que fui.
       Essa dor que eu sinto, dor gostosa. É um paradoxo. Onde já se viu dor gostosa? Por que amor deve ser assim. O maior de todos os paradoxos. Por que amor machuca e cura. Pode ser que machuque. Irão curar. Com mais amor. Um amor que cure o amor que não foi.  Pode ser você. Você que machuque. Você que cure. Mas isso também não importa.
       Vou contar o que de fato me importa. É que finalmente criei coragem. Coragem pra cair. Sofrer. Sorrir sozinha. Falar com olhar. Rir até a barriga doer. E chorar quando a dor for dor de doer mesmo. Por que finalmente apostei. E já me ensinaram que quando se aposta, ou se perde ou ganha. Estou disposta. A perder. A ganhar. Mas apostei. Já vi que o fascinante é jogar e não o resultado. Resultado é só final e o final, bom, o final é só no final. Escrevo outro texto sobre ele. Agora estamos no percurso.

A verdade é que criei coragem. Coragem para amar. E o que vem depois. Depois a gente vê.






“Eu não procuro alguém pra pertencer e ter posse, só quero uma fonte segura de amor que não dependa das obrigações, das falas decoradas, dos scripts prontos. Eu sei que eu abri mão de várias oportunidades. Sei que fiz pouco caso do amor que me entregaram de maneira pura e gratuita, só porque eu achava que podia encontrar coisa melhor. Se as pessoas estão sempre indo e vindo, eu só queria alguém minimamente eterno em sua duração, que me fizesse parar de achar normal essa história de perder as pessoas pela vida.

Vou embora querendo alguém que me diga pra ficar. Estou sempre de partida, malas feitas, portas trancadas, chave em punho. No fundo eu quero dizer "Me impede de ir. Fica parado na minha frente e fala que eu tenho lugar por aqui, que não preciso abandonar tudo cada vez que a solidão me derruba. Me ajuda a levar a vida menos a sério, porque é só vida, afinal”