São tantos
desabafos, lá vem agora MAIS UM. Queria expor aqui a minha INDIGNAÇÃO quanto a desvalorização do meu curso. É, desvalorização, tomara que meus professores não
leiam isso. Ou se lerem, por favor, tentem compreender. Em um semestre
anterior, um ex-professor perguntou o que gostaríamos de “fazer com o curso”,
metade da sala disse a resposta óbvia: Concurso público. Ei gente, só pra
deixar claro rápido, não tenho nada contra isso, pelo contrário, até penso em
tentar alguns. O que me deixa triste e até indignada é a forma como meus
colegas de curso enxergam o curso. Pra uns, torço que não pra maioria, é ir lá,
formar, passar em um concurso com um salário gordo e viver a tão sonhada vida
estável. Longe de mim não querer essa vida também, quem não quer não é mesmo?
Mas dá pra ter isso colocando em prática tudo que aprendemos, e quando digo
TUDO, não digo só ir lá e aplicar na prova do tal concurso as matérias que
aprendemos e passar em primeiro lugar, e sim aplicar os valores que tanto são
repetidos nas nossas aulas de Constitucional, Direitos Humanos, Cultura
Religiosa e todas as outras.
Longe
de mim ser a melhor aluna, ter as melhores notas ou se quer ser destaque acadêmico. Gostaria de ser a melhor,
não sou talvez por falta de tempo ou até por falta de competência. Mas de algo
posso me orgulhar, sei que posso. Vejo o meu curso muito mais do que isso, do
que um diploma que me gere lucro, que me gere dinheiro. É claro que isso faz
parte, faz parte não, é o principal, não quero ser herói de ninguém. Mas
repito, é mais do que isso. Mais do que formar e sair por ai indenizando todo
mundo por danos morais. Virou moda isso agora né?
Falando
de um outro ex-professor, AH esse professor, talvez ele não sabia, ou talvez
não agradeci o quanto deveria, mas graças a ele e sua pergunta de prova valendo
0,5 décimos, se havia alguma dúvida quanto ao meu abandono da Engenharia
Mecânica para o Direito, depois das suas lindas e breves palavras no pé de página da minha prova, que me arrancaram lágrimas, hoje dúvidas não restam mais. Nasci pra isso, disso não
tenho nenhuma dúvida. Obrigada
professor!
É triste
quando digo que pretendo ser professora, que meu sonho é dar aula e alguém
me diz: “Tá, mas como você pretende ganhar dinheiro?” – Também quero advogar e
quem sabe até um concurso público, mas isso são cenas pros próximos capítulos,
confesso que sou apaixonada pelo direito Constitucional e pelo Direito Penal. Se
for pra puxar saco vou puxar dos dois. Queria agradecer a todos os professores que dão boas aulas, pois eles
alimentam meu sonho. Agradecer por não deixar o Direito perder seu brilho, por me mostrar que é completamente diferente do que cresci ouvindo do meu pai, que quase morreu de desgosto quando larguei a mecânica, e por me permitir faze-lo orgulhar-se da filha "quase advogada" que tem. Graças ao que aprendi com vocês. E aqueles que não
dão, de todo mal não é, afinal ,aprendo a estudar sozinha ( Rs).
Não sou a
melhor aluna ou melhor pessoa, nem serei a melhor advogada, mas quero ser, e
querer e fazer por onde ser, muda tudo. Já tentando exercer a minha futura
função, vim defender o curso que tanto gosto, sei que não usei a melhor defesa,
mas é onde até então eu consegui chegar. Nós, jovens, somos o futuro do nosso
país, é clichê, mas quem disse que clichês não são verdades? Reclamo das aulas
de cultura religiosa, aula de filosofia
pode até não ser a minha preferida, posso ter matado algumas aulas, ou criticado
outras, mas eu tento ao máximo entender o que cada aula me propõem, o que os
livros me ensinam, do bom e do ruim. Pra quem sabe assim, fazer um futuro melhor
pra mim. Mas vale lembrar, não vivo só. Por que você não faz o melhor pra você também, aí fazemos o melhor juntos?
Direito todo mundo faz só não faz
direito né?